E assim foi. Rápida quanto o vento a pôde carregar. Todas as dúvidas que ela trouxe ao meu canto, ela solucionou e simplesmente decidiu.
Decidiu pela segurança que vai levar à uma pseudo-felicidade, que vai lhe tirar de um eterno sofrimento e levar uma vida de tesouros.
Mal sabe que ela já carrega alguns tesouros, e que estava mais perto da felicidade completa – mesmo que não a desejasse. Bastava um salto de fé, uma vontade interna de se jogar do penhasco para que o vento lhe garantisse vôos mais altos.
Mal sabe ela que o que faltou foi em pequenas doses. E que o companheirismo lhe garantiria o restante. Então ela decidiu à pratica perante à coragem.
Mas me trouxe um alento e alguns aprendizados, junto com toda tristeza que deixou neste ninho de tranquilidade que eu buscava. Não há que se culpar pela atitude, mas há que se lamentar pelos motivos de escolha.
Foi intenso, foi honesto e foi verdadeiro enquanto aconteceu. Foi estarrecedoramente magnífico saber que havia ainda em mim essa disponibilidade. Foram poucas companhias durante esses anos de vôo, e talvez tenha sido o aprendizado mais adulto que tive.
E assim como foi intenso, a distância agora tem que ser grande. Sobrará o carinho em detrimento da amizade, para que daqui a algum tempo a lembrança seja a melhor possível. E nem isso foi escolha minha.